quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
Carta a Gerusa
um amor com´tro alguém,
diferente de mais ninguém.
Quero uma paixão sem fim,
um encontro em mim,
um mistério na imensidão.
Do cume das montanhas
às profundezas do mar.
Não! Não consigo parar
vou me entregar
vou chorar...
e terminar de te amar,
Gerusa.
26/02/2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Zé Antonio
Zé Antonio é um cara bacana. Ele acredita que um dia se tornará rico, multimilionário, não é a toa que tanto se sacrifica para crescer na empresa onde trabalha ou, quem sabe, ter uma grande idéia que mudará sua vida ($$). Ele se imbui de atividades tantas que não sobra tempo para mais nada. Mas todo mundo merece alguém, não? Zé Antonio segue seu canto enquanto pensa na belíssima jovem que encontrou na hora do almoço.
Zé Antonio não é tão velho quanto os tempos dos Zés, ele é do tempo dos “Guilherme”, “Rafael” ou “Thiago”. Mas Zé Antonio não sabe amar, ele é convencido disso, “ainda bem que eu sei” pensa ele. Nasci para trabalhar, mais uma vez pensa alto. E enquanto o tempo passa, continua lembrando da linda jovem que viu na hora do almoço. Sonha em um dia casar. Não precisa ser um grande amor, apenas o amor do Zé.
Pragmático? Ele sim!
Para, pensa. A era da informação está ai! Zé Antonio entra na NET, começa a ouvir Moacir Santos pela rádio - Rádio Online, claro -, abre o aplicativo do Office – o Word – e começa a escrever: Hoje o dia foi normal...
terça-feira, 3 de novembro de 2009
O Vinho
Violáceo, com mesclas de samambaia e groselha. Concentrado, intenso e com aromas de frutas vermelhas. Outras horas, aromas outros, de trufas, tabaco, e levemente amadeirado.
Uma vez aberto, efluem aromas, sabores, emoções.
Sempre acompanhado de boas companhias, bate-papos, conversas de sexta-feira à noite jogadas fora, culmina como uma forma muito prática de abstração da semana que passa. Mais uma vez sufocante, corrida e abafada.
Este é tinto, brilhante, de intensidade e tonalidade fortes.
Os aromas determinam o tempo, que está escuro, pois que é noite. Uma lua se esboça por trás dos vidros da janela, determinante para efervescer os aromas daquilo que deixei de ser, durante as longas e enfadonhas jornadas de trabalho semanal [Num ambiente hostil, é inevitável a emoção se deixar à beira da vida, se é que este não-sentir é possível de existência].
O que fazer? O que sentir? O que e como ser? Todas essas perguntas, um bom vinho responde sem clemência ou lamentação, como um personal consultant que, mais que bons conselhos, aflora nos sucos gástricos reações químicas. Explosões que acendem possíveis vontades, desejos e até certa sensação de vida. Ultrapassam o inferno aos céus com vontade de criar, vontade do novo, de mudança.
Tinto, é irrequieto, jovem, secundado por uma estrutura forte e doce e, por isso, vive a comemoração do não saber o que realmente se é. Exacerba desejo de evolução, de sonho, de grandiosidade.
Pois que não são apenas adjetivos positivos para descrevê-lo tão bem, mas que de repente, acordo de uma fantasia ilustrada pelo próprio cansaço. Uma leve dor de cabeça lembra-me a noite veemente que retarda em deixar meu pensamento, e me deixa em imbróglios ao acordar, sem novamente saber por onde começar até restabelecer o ritmo apaziguador de vida. Pouco a pouco, a lembrança se incrusta, e fica o calor de espírito, diligente em deixar tudo de lado e começar mais uma vez.
10/10/2009 18:08
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Dans une lettre
Sem mais... silencio!"
Tiago Paz
domingo, 20 de setembro de 2009
DEUS
Quando chegou perto de uma menina que trabalhava intensamente, perguntou o que desenhava. A menina respondeu: - Estou desenhando Deus.
A professora parou e disse: - Mas ninguém sabe como é Deus.
Sem piscar e sem levantar os olhos de seu desenho, a menina respondeu: - Saberão dentro de um minuto! " Anônimo (Revista Pais e Filhos)
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Escrever...
Costumo dizer que, se ainda não aprendi,
não foi por falta de prática.'
MOACYR SCLIAR
Escritor e médico
No seu livro O texto, ou: A vida.
Desencanto
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
Manuel Bandeira. Teresópolis, 1912
Saudade não existe
domingo, 6 de setembro de 2009
Termos da nova dramática (Parem de falar mal da rotina)
parem com essa sina anunciada
de que tudo vai mal porque se repete.
Mentira. Bi-mentira:
não vai mal porque repete.
Parece, mas não repete
não pode repetir
É impossível!
O ser é outro
o dia é outro
a hora é outra
e ninguém é tão exato.
Nem filme.
Pensando firme
nunca ouvi ninguém falar mal de determinadas rotinas:chuva dia azul crepúsculo primavera lua cheia céu estrelado barulho do mar
O que que há?
Parem de falar mal da rotina
beijo na boca
mão nos peitinhos
água na sede
flor no jardim
colo de mãe
namoro
vaidades de banho e batom
vaidades de terno e gravata
vaidades de jeans e camiseta
pecados paixões punhetas
livros cinemas gavetas
são nossos óbvios de estimação
e ninguém pra eles fala não
abraço pau buceta inverno
carinho sal caneta e quero
são nossas repetições sublimes
e não oprime o que é belo
e não oprime o que aquela hora chama de bom
na nossa peça
na trama
na nossa ordem dramática
nosso tempo então é quando
nossa circunstância é nossa conjugação
Então vamos à lição:
gente-sujeito
vida-predicado
eis a minha oração.
Subordinadas aditivas ou adversativas
aproximem-se!
é verão
é tesão!
O enredo
a gente sempre todo dia tece
o destino aí acontece:o bem e o mal
tudo depende de mim
sujeito determinado da oração principal.
Elisa Lucinda
29 de outubro de 1997
sábado, 5 de setembro de 2009
Poeira
Nada do que sei, é novo.
Nada do que sinto é só meu..
Nada do que vejo é novo,
Nada do que ouço é matriz.
A velha dor,
O presente desejo,
Sou poeira que fica na estrada..
Sou porto, Sou mar...
Nada do que digo,
Retrata o que sinto..
Me ancoro em meu porto,
Deságuo em meu mar,
E descanso..
Aguardando nova viagem..
Sou minhas próprias placas,
Numa estrada que percorro todos os dias.
Já não espero chegar..
Simplesmente quero ir..
Nada do que tenho,
Me faz parar de buscar.."
N. Aguiar
Estou com pressa
“Ando rápido..
Tenho pressa.
Vejo vidas sem destino..
Elas pedem pão.
Às vezes, paro. Alivio minha consciência.
Às vezes ignoro o que meus olhos vêem.
Queria mudar tantas paisagens..
Mas tenho pressa.
Queria mudar tantas paisagens,
Mas tenho pressa.
Queria saciar a fome destas crianças..
Queria calçá-las.
..Que Deus me abençoe, ouço.
Ignoro o que vejo, alguém fará por mim, espero.
Alguém com menos pressa.
Elas não tem um teto, exceto as estrelas.
Elas não percebem,
Estou descalço também.
Estou perdido também.
Mas somos diferentes,
..Eu não vejo o pôr do sol.
..Estou com pressa.”
N. Aguiar
O Óbice
Paráfrase - Rogério Tostes
A Indelinquência Mente-Realidade
Em minha mente, tudo é real. Uma psicodelia vivente, esquizofrênica. Não consigo esquecê-la. Sonho, acordo, durmo, e o seu rosto, magnífico, me prepara para o tão esperado momento. Sempre, sempre, sempre... retorno a mesma indelinquência, quando percebo que essa que eu espero, não tem forma. E que o esperar me deforma o corpo.
A mente raciocina o momento ideal, o sonho perfeito. Enquanto o perfeito, passa; longe daquilo que eu tanto sonhara.
30/04/2009
Indelinquência = ?
Ela = ?
terça-feira, 1 de setembro de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Palavras de Sabedoria
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Queima de Inverno
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
A caminhada
Acalento o que a alma reluta,
Peço vida enquanto’ corpo luta,
Não quero vida, quero labuta.
Sou outro a quem não quero,
pois um futuro alegre espero.
E a gente se vai se indo;
Como se esvaindo;
Como se fosse, chegando,
Em prantos, que nem tantos.
Uma viagem: a vida
A caminhada: um passo
Na volta: a chegada
E na ida: fracasso
segunda-feira, 27 de julho de 2009
For The Homie Tupac
domingo, 26 de julho de 2009
Brincando com palavras
- opinião pontual -.
Pensa já abrir,
[mensagem.
Aquele, aquela
nunca chega.
Coisa comum.
Nota: com palavras do Lucca Cafe Batel
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Nexos e confissões
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Atenção!
terça-feira, 21 de julho de 2009
Um mestre fala sobre liberdade
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Valores
sábado, 11 de julho de 2009
Hoje quero entregar flores à alguém
Hoje quero entregar flores à alguém, hoje quero voar, partir ao infinito, viajar.
Hoje quero sonhar com alguém, hoje quero as mágoas passar. Quero um castelo encantado.
Hoje, eu quero tudo, quero um sorriso novo inventar, quero um mar de rosas pintar...
Hoje vou correr pro sem fim, vou cavalgar nos desertos do Egito, dar um beijo em Quéops.
Vou devorar as vontades que sempre tive. Não deixarei passar nenhuma delas. Quero realizar; TUDO.
Hoje quero entregar flores à alguém.
Quero apenas um verso bonito
Queria eu, fazer um verso bonito.
Um verso que não fosse de amor.
Queria eu, escrever certo, eloqüente.
Aprendo palavras, escrevo, e nada.
Apenas sentimentos
[lastreados em meu coração,
Isto a garantia de vivacidade nos meus
[derrames
De vontades e não vontades
De emoções do nada
[do tudo.
Tudo quero.
Quero apenas um verso bonito.
02/11/2008 01:35