Tenho fome de não ter palavras,
De não ter o tempo de mastigá-las, elaborá-las
Me cora usá-las brutas, desse modo
Palavras tantas, tão sinceras, tão elas.
E as uso sem mistério, sem critério.
Ao fim do dia,
Foi tudo rápido.
Não me dei o tempo de deitar, chorar,
Ouvir o rasgo da palavra nao usada,
O som da letra nunca escrita,
O deboche de quem sabe que a palavra,
A palavra bem dita, bendita,
A palavra modifica, prolifica, faz faisca.
Ah, me dá um tempo!
Deixa eu falar sem falar direito,
Deixa eu exclamar essa coisa que nem conheço.
(O que nao conheço é o que me faz,
é o que toma meu tempo,
Me transforma por dentro.)
Rimas bestas!
Quero so palavras bem feitas.
Quero é palavras sentidas, não sempre ditas.
Me importa é essa agonia que me inspira,
Essa tensao que me obriga,
Nao é a balada que te nutrifica,
é so a palavra, a palavra bem dita
E ouvida.
Ouvide!
De não ter o tempo de mastigá-las, elaborá-las
Me cora usá-las brutas, desse modo
Palavras tantas, tão sinceras, tão elas.
E as uso sem mistério, sem critério.
Ao fim do dia,
Foi tudo rápido.
Não me dei o tempo de deitar, chorar,
Ouvir o rasgo da palavra nao usada,
O som da letra nunca escrita,
O deboche de quem sabe que a palavra,
A palavra bem dita, bendita,
A palavra modifica, prolifica, faz faisca.
Ah, me dá um tempo!
Deixa eu falar sem falar direito,
Deixa eu exclamar essa coisa que nem conheço.
(O que nao conheço é o que me faz,
é o que toma meu tempo,
Me transforma por dentro.)
Rimas bestas!
Quero so palavras bem feitas.
Quero é palavras sentidas, não sempre ditas.
Me importa é essa agonia que me inspira,
Essa tensao que me obriga,
Nao é a balada que te nutrifica,
é so a palavra, a palavra bem dita
E ouvida.
Ouvide!
Luana Silvy (http://palavraestrangeira.blogspot.com/)
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